O anúncio do primeiro óbito em Minas causado pelo coronavírus, e a confirmação do primeiro caso em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, deixam os moradores do município de 230 mil habitantes em estado de alerta máximo. Segundo o prefeito local, Christiano Xavier, há mais de 300 casos em investigação no município, e ele critica a demora da Fundação Ezequiel Dias (Funed), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), em liberar o resultado dos exames. "Aí fica um monte de empresa particular em cima da gente, como se fosse 'urubu na carniça', querendo vender cada teste por R$ 180. Santa Luzia é município pobre, não podemos arcar com esse custo", diz o prefeito.

Destacando que Santa Luzia foi a primeira cidade do Brasil a decretar situação de emergência em função do coronavírus, Xavier afirmou que o centenário Hospital de São João de Deus, no Centro Histórico da cidade, terá as obras concluídas já na quinta-feira. "O hospital será reaberto no dia 15 de abril, pois é necessário o trabalho de esterilização antes de receber os pacientes e a equipe, que está em treinamento. Teremos 50 leitos de retaguarda, que vão complementar os existentes nas unidades de saúde, como o hospital municipal (Madalena Calixto) e unidades de pronto-atendimento (UPAs)".

O prefeito Christiano Xavier adianta que haverá dois respiradores, somando-se a oito existentes nas unidades de saúde municipais: "É muito pouco, mas devemos ressaltar que 70% dos municípios não têm sequer um". O hospital São João de Deus, filantrópico, obedece às diretrizes de uma comissão de intervenção e será administrado de forma compartilhada pelo município e a Irmandade São João de Deus.

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