Um pastor estadunidense, que subestimou a seriedade do novo coronavírus, dizendo que mídia estaria causando “histeria”, morreu com a doença, nessa quarta-feira (25). Landon Spradlin, de 66 anos, que também era músico, morreu em um hospital no estado da Carolina do Norte após uma semana de tratamento. As informações são da Newsweek.
Quase duas semanas antes de sua morte, Spradlin compartilhou um meme em sua página no Facebook, sugerindo que a mídia “pode manipular sua vida”. O post comparou a “histeria em massa” em torno do número de mortes por coronavírus nos EUA, enquanto Donald Trump foi presidente, em comparação com as mortes por H1N1 pelo governo de Barack Obama.
Nos comentários da postagem de 13 de março, Spradlin escreveu que, embora saiba que o Covid-19 é real, a “verdadeira questão” é que “a mídia está bombeando o medo e fazendo mais mal do que bem”. Ele ainda relatou que “a doença virá e irá embora”. Ele foi internado no último dia 17, teve um agravamento do caso, e morreu no dia 25.
Após alguns dias, o Facebook sinalizou o post como exibindo “informações parcialmente falsas” após diversas denúncias. Com a confirmação de sua morte, a página de Spradlin no Facebook ficou repleta de pessoas zombando e criticando suas opiniões sobre o vírus. Outras apenas desejaram as condolências à família do pastor.
Filha não conseguiu se despedir
A filha de Spradlin, Judah Strickland, descreveu sua mágoa por não ter conseguido se despedir do pai no hospital em Concord, Carolina do Norte, porque foi impedida de vê-lo. “Eu disse ‘olha, eu não vejo meu pai há quase seis semanas”, relatou. Ela tentou, mas teve o pedido negado. “Por favor, deixe-me ir vê-lo. E ela [funcionária do hospital] disse: ‘olhe em qualquer outra circunstância nós deixaríamos, mas é muito perigoso e não terá como'”.
Spradlin é mais uma das vítimas que morreram devido ao vírus na Carolina do Norte. “Estendemos nossas condolências às famílias e entes queridos”, disse o governador da Carolina do Norte, Roy Cooper, em comunicado. “Este é um aviso severo de que, para algumas pessoas, Covid-19 é uma doença grave. Todos nós devemos fazer nossa parte para impedir a disseminação, ficando em casa o máximo possível e praticando o distanciamento social”, completou.
São mais de 86 mil casos confirmados de Covid-19 nos EUA, tornando-o o país com o maior número do mundo, de acordo com a Johns Hopkins University. Mais de 1,3 mil morreram pelo novo coronavírus, com 753 pacientes conseguindo se recuperar.
Fonte: BHAZ
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