O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kail (PSD), voltou a defender veementemente o isolamento social como forma de diminuir a contaminação pela covid-19. Em entrevista nesta sexta-feira ao programa Chamada Geral, da Rádio Itatiaia, ele pediu mais “comando” e que o presidente Jair Bolsonaro encabece o enfrentamento à guerra contra o coronavírus. O prefeito chamou de “crime” o afrouxamento da quarentena por algumas cidades. 

Estamos brincando com coisa muito séria. Daqui a pouco não vai faltar respirador, mas caixão”, declarou Kalil. “O que eu cobro do Governo de Minas é pelo menos a proteção dessa população. Enquanto salão de beleza em Belo Horizonte está fechado, a 30 km de Belo Horizonte tem comércio à vontade aberto, com pressão política por eleição”, disse, referindo-se a Lagoa Santa, na Região Metropolitana. Na segunda-feira (6) começa a proibição de circulação de ônibus dessa cidade na capital mineira.

Segundo o prefeito, o momento é de priorizar a saúde. “É ficar em casa custe o que custar. Não é hora de agradar empresário. Nós temos que pensar nos aglomerados onde ficam amontoadas quatro, cinco, seis pessoas em um cômodo. E vai faltar CTI não é só para essa gente não, é para rico, para todo mundo”, afirmou.

O prefeito destacou que tem obedecido as orientações de uma comissão médica responsável por avaliar a situação do novo coronavírus em BH. “Eu quero lembrar que em Wuhan, na China, que foi liberada aos poucos e antes da hora, já estão voltando com todo mundo para as casas. Quem dá ordem hoje em Belo Horizonte é um grupo de quatro médicos. Eu faço o que eles mandarem.

Kalil cobrou protagonismo de Bolsonaro no combate à covid-19. “A população precisa de comando e, principalmente, do presidente à frente dessa tragédia, dessa guerra, que o Brasil está se preparando para enfrentar”, relatou.

Fonte: Itaitia