Por nove votos a sete, os vereadores de Santa Luzia acataram procedimento que irá investigar embasamento jurídico de 28 denúncias de improbidades protocoladas na câmara há cerca de uma semana e meia. 

Cerca de um ano após responder ao primeiro processo de Impeachment, Christiano Xavier, poderá enfrentar uma nova cassação de mandato, desta vez com robusta documentação e provas que apontam inúmeras irregularidades (a grande maioria passível de cassação de mandato) na gestão do Chefe do Executivo Luziense.

A Aceitação da Denúncia é o primeiro passo para o procedimento investigatório, que tem por objetivo analisar a farta documentação, ao qual há provas  (muitas das quais já circulam nas redes sociais de negociatas entre servidores e até de membros de legislativo) e farto material probatório. 

Votaram contra a aceitação da denúncia os vereadores: André Leite, João Binga (que chegou a criticar a idoneidade das denúncias, muitas das quais exibidas em rede por grandes emissoras de TV), Zé Cláudio (que mesmo votando a favor de todas as denúncias que foram protocoladas na casa, inclusive algumas sem embasamento jurídico, mudou de idéia e votou contra), Luiza do Hospital, Márcio Ferreira (Que protagonizou um momento vergonhoso discursando, chegando a ser interrompido pelo Presidente Ivo melo e tendo o microfone cortado), Neylor Cabral (que votou enquanto fazia quimioterapia) e Ticaca. 

Votaram a Favor da aceitação das Denúncias os vereadores: César Lara (que chegou a explicar o procedimento passo a passo, deixando claro que a aceitação da denúncia não fazia parte do rito do impeachment em si), Vagner Guiné (que questionou a postura duvidosa e estranha do vereador Zé Cláudio - que virou a casaca aos 49 do segundo tempo), Henry Santos (que reforçou as palavras de César Lara), Sandro Coelho, Marcelino, Balu (que destacou a importância do rito parlamentar de isonomia entre os poderes e que reassumiu a cadeira de vereador após decisão do STF), Suzane Duarte (que criticou a postura machista e pre conceituosa do agente politico na intervenção do processo parlamentar e o linchamento virtual contra vereadores nas redes sociais), Nilsinho (que afirmou se sentir enojado com alguns vereadores. Afirmou ainda que entrou na política para tentar ajudar a população e tem visto parlamentar entrando para ajudar a si mesmo) e Paulo Bigodinho (que destacou a importância de se investigar as denúncias apresentadas pelo munícipe).

Comissão é formada

Após votação que contou com a presença dos vereadores Vagner Guiné e Balú, foram nomeados para compor a comissão processante, os vereadores Sandro Coelho (Presidente), Zé Cláudio (vice) e Suzane Duarte (Relatora). Após formação da comissão, o vereador Sandro Coelho pediu para ser excluído da comissão, alegando suposta maculação do Processo. Segundo o parlamentar, o fato de ser pré candidato a Prefeito, poderia dar margem à defesa do Prefeito em afirmar que a análise do Processo é política e não idônea (mesmo tendo sido escolhido por sorteio). Os trabalhos foram interrompidos por 20 minutos e na volta os vereadores decidiram por julgar o pedido na próxima reunião.