Boletim da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) divulgado na manhã desta Sexta-feira 30, informa que 98 pessoas morreram vítimas da Covid-19 em Santa Luzia. São dois registros à mais do que o Boletim de ontem (96) e o Boletim diário divulgado pela Prefeitura de Santa Luzia.

Quando se analisa os dados, é assustador constatar que 83,2% dos óbitos são de pessoas que estavam em estado de isolamento (quando o paciente é encaminhado para casa). Apenas 16,8% destes Pacientes que vieram à óbito, foram internados. O índice de altas após internação é alto (segundo boletim da Prefeitura), o que indica negligência no atendimento à vitimas mais graves da Covid-19. Segundo o SES, 76,53% dos pacientes que chegaram à óbito pela Covid-19 na cidade, apresentavam algum fator de risco e mesmo assim foram encaminhados para isolamento fora da unidade de saúde. Apenas 23,4% não apresentavam nenhum fato de risco. 

A maior parte das vitimas fatais da doença entre homens estão na faixa dos 70 a 79 anos (21,4%) e entre as mulheres na faixa dos 80 a 89 anos (13,3%). Segundo Balanço divulgado pela Prefeitura, um bebê de menos de um ano, morreu vítima da Covid-19 em Santa Luzia entre setembro e outubro. 

A taxa de letalidade (risco de morte por contágio) de Santa Luzia é uma das maiores do Brasil, 4,56%. A taxa do Estado é de 2,51%. 

Mau exemplo vem de cima

Em vez de servirem de exemplo, os candidatos a Prefeito de Santa Luzia dão show de descuido. Praticamente todos os candidatos divulgaram em seus perfis nas redes sociais flagrantes de desrespeito ao uso de máscaras e distanciamento social. Pela cidade, poucos são os que usam a proteção e o comércio, sem fiscalização, relaxa nas medidas de segurança. 

De acordo com especialistas, o Brasil está longe de passar pela primeira onda de contágio e muito distante de conter a doença. 

Um dos campeões de maus exemplos durante a campanha é o atual prefeito Christiano Xavier, que além de desrespeitar os próprios decretos, tem colocado a vida de vários colaboradores em risco ao promover aglomerações e o não uso de máscaras em suas aparições públicas. 


Daniel Carlos