Em Belo Horizonte, circulam em média 1,2 milhão de pessoas por dia nos ônibus, e na Região Metropolitana são 600 mil, de acordo com o Sintram
O anúncio da greve dos transportadores de combustível de Minas Gerais preocupa as empresas de transporte público. Cerca de 1,2 milhão de pessoas que utilizam o sistema de Belo Horizonte podem ser afetadas, além de outras 600 mil pessoas da Região Metropolitana.
Belo Horizonte e Região Metropolitana amanheceram um caos nos postos de combustível. Filas quilométricas e pessoas aguardando por muito tempo para abastecer os veículos foram flagradas pela reportagem do Jornal Estado de Minas ao longo da manhã desta sexta-feira (26/2).
A categoria pede redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre o preço do óleo diesel - de 15% para 12%. Segundo a entidade que representa 4,5 mil postos mineiros, o Minaspetro, caso a greve permaneça nas próximas horas, avisa o sindicato, certamente haverá desabastecimento em grande parte dos estabelecimentos.
Esta falta de combustível pode afetar também o transporte público, que pode prejudicar cerca de 1,2 milhão de pessoas que circulam na capital diariamente, segundo a Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans).
Segundo Joel Paschoalin, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH), o novo aumento do preço do óleo diesel pode gerar fechamento das empresas de transporte. “As empresas não têm condição de pagar o diesel nesse preço e o que vai acontecer é acelerar o processo de fechamento ou diminuição do nível de serviço. Não tem como a gente pagar um valor desse”, explicou.
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a greve dos caminhoneiros pode afetar 600 mil pessoas do sistema metropolitano. O Sintram informou à reportagem do Estado de Minas que procurou a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) e solicitou medidas para garantir a desobstrução de vias para que os passageiros não sejam impactados com eventuais atrasos provocados pela paralisação.
Em relação ao estoque de combustível, o Sintram informou que “cada empresa é responsável pela gestão do insumo”.
Aeroporto
O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, informa que as operações ocorrem normalmente nesta sexta-feira (26/2) e que há reserva de combustível para atender a movimentação programada para os próximos dias.
Fonte: Jornal Estado de Minas
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