Bolsonaro sancionou MP que abre caminho para venda de ações da estatal de energia. Governo estima que processo pode render R$ 100 bilhões aos cofres públicos, mas entidades do setor afirmam que a conta de luz pode ficar mais cara.
A medida provisória que viabiliza a privatização da Eletrobras foi sancionada com vetos pelo presidente Jair Bolsonaro. Esse é mais um passo na tentativa do governo de transferir para a iniciativa privada o controle da maior empresa de energia elétrica da América Latina.
O governo planeja vender ações da Eletrobras na bolsa de valores. Hoje, ele detém 60% desses papéis, e o objetivo é ficar com 45%. A expectativa é que a venda do controle acionário da estatal pode render R$ 100 bilhões aos cofres públicos.
Segundo o governo, a privatização irá recuperar a capacidade de investimentos da empresa em geração e transmissão de energia e pode reduzir a conta de luz. Entidades do setor, no entanto, afirmam que a conta vai ficar mais cara, porque deputados e senadores incluíram no texto medidas que geram custos a serem pagos pelos consumidores, como a contratação de usinas termelétricas movidas a gás natural.
A previsão é que o cronograma de privatização seja concluído até fevereiro, mas a venda de ações da empresa ao mercado ainda depende da finalização dos estudos sob coordenação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da aprovação da modelagem pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
Fonte: G1
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