No início da manhã de sexta-feira (5), Arquidiocese de Belo Horizonte tinha informado que o padre ficaria afastado "até que sejam concluídos os trabalhos das autoridades". No entanto, por volta 8h50, assessoria corrigiu a informação.
O padre José Carlos Pereira, suspeito de assédio sexual, continua exercendo as atividades na Paróquia São Benedito, em Santa Luzia, na Grande BH.
No início da manhã de sexta-feira, por volta das 7h45, a Arquidiocese de Belo Horizonte tinha informado que o padre tinha sido e ficaria afastado "até que sejam concluídos os trabalhos das autoridades".
No entanto, por volta 8h50, a assessoria da Arquidiocese corrigiu a informação e falou que, na verdade, José Carlos Pereira continua na paróquia.
A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar as denúncias de assédio sexual contra o padre. Segundo a corporação, até esta quinta-feira (4), quatro vítimas foram ouvidas na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Santa Luzia.
José Carlos Pereira é muito conhecido na cidade. Além de ser responsável pela igreja no bairro São Benedito há 30 anos, ele é dono de uma rede de ensino com dois colégios e uma faculdade.
As acusações contra o padre vieram à tona na semana passada, no dia 28 de outubro, quando uma mulher que trabalhava em uma das instituições de ensino denunciou ter sido vítima de assédio.
“Ele tocou meu seio. Só que eu pensei que teria sido um esbarrão. Teve um episódio que ele me chamou na porta do colégio e ele beijou o canto da minha boca. E aí eu percebi que não era sem querer. Aconteceu de novo. Ele me chamou, na hora de se despedir, tentou beijar minha boca”, disse.
No dia seguinte, mais mulheres denunciaram o padre. Segundo as vítimas, ele se aproveitava de momentos em que ficava sozinho com as funcionárias para tocar as partes íntimas delas e tentar beijá-las à força.
De acordo com o advogado de uma das mulheres, às sextas-feiras, Pereira pagava a elas uma espécie de complemento aos salários, na tentativa de comprar o silêncio das vítimas.
"Por cerca de um ano acontecia esse tipo de abuso. Era beijo forçado, mão dentro da blusa, pra chegar a tocar nos seios, mãos nas pernas. Toda vez que ficava sozinha com ele acontecia. E era só quando eu ficava sozinha", contou uma das denunciantes.
Fonte: G1/R7
0 Comentários