Agentes da Polícia Civil, servidores administrativos e despachantes do Departamento de Trânsito de Minas Gerais foram presos na sexta-feira (12), em uma operação da Corregedoria-Geral da corporação e do Ministério Público do Estado. O cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos durante as investigações de um inquérito instaurado em março de 2019, a partir de áudios vazados em redes sociais e na imprensa, contendo denúncias de supostas irregularidades referentes ao Detran.
Os servidores estão sendo investigados por suspeita de crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica, formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro e ocultação de bens.
De acordo com a Corregedoria da Polícia Civil, ao todo foram expedidos 15 mandados de prisão, oito deles para delegados, investigadores e despachantes. Além disso, outros 58 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências, empresas e locais de trabalho dos investigados, inclusive em seis delegacias nas cidades de Belo Horizonte, Vespasiano, Contagem, Santa Luzia, Igarapé, Guaxupé e em São Paulo.
Máfia do Detran em Santa Luzia
O esquema que ficou conhecido como "máfia do Detran" foi descoberto em 2019 e envolvia, além do ex delegado regional de Santa Luzia, outros policiais civis, policiais militares, comerciantes e despachantes. O Ministério Público denunciou 16 pessoas envolvidas no esquema após cumprimento de 59 mandados de prisão e busca. Segundo o Ministério Público, a quadrilha era investigada há mais de três anos por cobrança e recebimento de propina para a liberação e transferência de veículos, desvio de peças e equipamentos de veículos apreendidos, participação nos lucros e recebimento de propina de pátios de apreensão, inserção de dados falsos nos sistemas informatizados do Detran, obstrução de investigação de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Fonte: Hoje em Dia e R7
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