O executivo Luziense deverá gastar a quantia de 6,7 milhões de reais oriundos do FUNDEB, para a desapropriação e construção de uma unidade de educação integral, onde é hoje o prédio da antiga Facsal (Faculdade de Santa Luzia).  

De acordo com o decreto 3.908/2021, o montante investido será de cinco milhões, cinquenta e seis mil e quinhentos reais do FUDEB e um milhão, seiscentos e oitenta e cinco mil e quinhentos reais de impostos devido a Educação Municipal.

Os valores a serem aplicados na obra, partem de uma avaliação de funcionários do executivo. Segundo nota técnica, o prédio conta com problemas sérios de infra-estrutura relacionados a tubulações de esgoto e a rede elétrica. Há ainda laudo dos bombeiros que apontam a área de 48 mil metros quadrados como de "alto risco de alagamentos", sendo invadido com frequência pelas águas do Rio da Velhas.

No parecer técnico 048/2021 assinado pelo engenheiro Lucas Diogo Perdigão, há a necessidade de reformas em vários pontos do prédio, o que pode comprometer a segurança e integridade do local. 

Segundo a prefeitura, a implantação de uma Unidade de Ensino Integral tem "o objetivo de assegurar prioridade as crianças/adolescentes em situação de vulnerabilidade social no acesso ao Ensino Fundamental em horário integral, proporcionando melhor aproveitamento do tempo ocioso, afastando o risco social, melhorando o rendimento do aluno, liberando os pais para o trabalho, possibilitando a orientação dos estudos e das tarefas e oferecendo orientação nutricional". 

Dentre especialistas na área, a obra é desnecessária, dadas as condições do prédio e seu alto custo. Segundo informações levantadas por este colunista, a intervenção deve-se a necessidade do executivo em desaguar o restante do percentual de 25% destinado à educação municipal, que com a paralisação das atividades devido a pandemia, não foram devidamente encaminhados.  

São quase 7 milhões de reais despejados "literalmente" no Rio das Velhas. 


Daniel Carlos