“Você está correta, que temos uma ‘vergonha na família’, mas erramos quanto a quem é”, diz avô em carta enviada para filha.

Viver em sociedade significa conviver com pessoas que, inevitavelmente, serão diferentes de nós, seja nos gostos pessoais, no jeito ou na forma como vivem. A riqueza da humanidade está justamente na capacidade de interação social dos grupos, no poder da comunicação que possuímos. Orientação sexual, cor, gênero e identidade são coisas impossíveis de se alterar no outro; cada pessoa nasce da forma exata como deveria, vindo ao mundo para cumprir uma função, sendo todos importantes igualmente.

Mas o preconceito é uma armadilha que aprisiona muitas pessoas. Acreditar que uma pessoa homossexual não merece um tratamento digno e humano é uma atitude hostil. Felizmente, existem outras pessoas que se esforçam para compensar a maldade daquelas.

Nos Estados Unidos, circulou uma carta em que um avô repreende a filha por expulsar de casa seu neto Chad. O motivo para a expulsão? O neto é gay. Na carta, o avô afirma que vai ficar ao lado do neto e diz se despedir de sua filha ali.

A resposta do avô, que não foi identificado, à atitude da filha, espalhou-se pelas redes sociais e foi compartilhada como um exemplo a ser seguido. De acordo com a carta, a mãe teria expulsado o próprio filho de casa, porque sua orientação sexual não correspondia ao que Jesus esperava.

Para o avô, possuir uma orientação sexual diferente não pode ser considerada pecado, e é impossível escolher como ela será, assim como Chad não pôde escolher se seria canhoto ou destro.

Ainda na carta, o avô afirma estar profundamente desapontado com a filha, e que a “vergonha na família”, que existia, na verdade, era ela mesma e não o neto, como ela afirmara. Ele se comprometeu a cuidar da educação do neto, criticou-a por possuir uma mente “fechada e atrasada”, mas não foi duro.

Mesmo se despedindo da filha, ele pediu que ela recuperasse seu coração e voltasse a viver com eles, caso fosse capaz de melhorar sua postura. Ele afirmou estar aberto para receber um telefonema.

Ainda que incisivo, o avô utilizou sua comunicação para defender seu neto, um jovem que precisava de apoio, incentivo e ajuda com os estudos. Chad poderia ter perdido muita coisa ao ser expulso de casa, sem oportunidades, sem emprego e sem dinheiro. Sabemos que a sociedade, por vezes, expressa sentimentos maldosos com as pessoas que minimamente desviam do que é considerado aceitável. Chad já enfrentará, ao longo de sua vida, dificuldades suficientes com esses indivíduos existentes, mas o avô escolheu apoiá-lo para facilitar um pouco sua existência.


O que achou da atitude do avô? Acredita que ele foi correto?