Moradora de Santa Luzia diz que foi agredida após descobrir traições; suspeito chegou a ser preso, mas foi solto após fiança

Uma jovem de 27 anos, moradora de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, registrou um boletim de ocorrência denunciando que foi agredida pelo ex-namorado, que é lutado de MMA.

O suspeito chegou a ser preso por lesão corporal, mas foi liberado após pagamento de fiança. A Polícia Civil investiga o caso.

Em conversa com a reportagem, a mulher, que prefere não ser identificada, contou que o ataque aconteceu após descobrir uma suposta traição do então companheiro.

Ele ficou nervoso e me deu um tapa na cara. Eu fui para cima dele também e o agredi. Depois, ele me deu outro tapa na cara, onde meu nariz sangrou e ele falou ‘você deu sorte que foi tapa, porque se fosse soco, você não estava nem de pé”, afirma a vítima.

No dia da agressão, a jovem ficou com parte do rosto inchada e teve um sangramento no nariz. Mesmo machucada e assustada, não hesitou: foi à polícia e fez um boletim de ocorrência. Ela então saiu da delegacia com a proteção da Lei Maria da Penha.

Foram seis anos de relacionamento e dois filhos, mas depois da agressão física, a jovem se deu conta de que sempre foi uma relação abusiva, com violência psicológica. Mais tarde, ela decidiu relatar o caso nas redes sociais e recebeu várias mensagens de apoio, inclusive de outras vítimas de violência doméstica.

A reportagem descobriu que já havia um registro de violência contra o lutador, feita em 2017. O boletim de ocorrência foi feito pela primeira esposa do homem, com quem ele teve um filho. Ele nega as agressões. Desta vez, o lutador disse à polícia que assinou um contrato que estabelece que ele não pode se envolver em nenhum caso de agressão ou violência e que a nova denúncia foi feita com a intenção de prejudicá-lo profissionalmente.

Eu jamais prejudicaria ele, sempre fiz muita questão dele lutar. Eu sabia que ele tinha um contrato, mas não quais eram as cláusulas para ele perder um contrato. Então, se ele tinha alguma questão dessa, era ele que deveria ter pensado”, afirma a vítima.