Após ser criticado por diversos internautas por fazer uma piada sobre crianças com hidrocefalia, o humorista Léo Lins foi desligado do SBT na tarde dessa segunda-feira (4). A demissão foi confirmada pela assessoria de imprensa da emissora em contato com o portal Splash, do UOL.
Em um show de stand-up, Léo Lins, que trabalhava com Danilo Gentili no programa The Noite, começou a declaração polêmica afirmando que viu o vídeo de um menino do interior do Ceará com hidrocefalia. Depois, ele insinua que a família usaria da condição para ter acesso a recursos hídricos em época de seca. “Eu acho muito legal o Teleton, porque eles ajudam crianças com vários tipos de problema“, disse o humorista. “Vi um vídeo de um garoto no interior do Ceará com hidrocefalia. O lado bom é que o único lugar na cidade onde tem água é a cabeça dele. A família nem mandou tirar, instalou um poço. Agora o pai puxa a água do filho e estão todos felizes.”
Especula-se que a decisão da emissora seja irreversível dada importância que a família Abravanel dá para o Teleton. O programa beneficente arrecada dinheiro para manter as unidades da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) funcionando em dezenas de cidades pelo Brasil, ajudando milhares de crianças com necessidades especiais.
Silvia Abravanel, filha adotiva de Silvio, é mãe de Luana, que nasceu com síndrome de galactosemia e tem um déficit neurológico em decorrência de problemas no parto. Internamente, acredita-se que a menina seja inspiração para a criação e apoio ao Teleton.
Na verdade, essa não é a primeira vez que Léo é criticado por atacar pessoas com deficiência. Em abril desse ano, ele fez uma piada com surdo-mudos e o Mal de Parkinson. “Eu fiquei me perguntando se as cosias que acontecem na linguagem falada também acontecem na linguagem de sinais, Por exemplo, um surdo-mudo com Mal de Parkinson é considerado gago?“, afirmou.
A hidrocefalia é uma condição caracterizada pelo acúmulo de um líquido nas cavidades internas do cérebro, que exerce pressão sobre o cérebro e pode causar danos cerebrais. É mais comum em crianças, onde a cabeça fica dilatada, e em idosos.
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