Na manhã do último domingo (30), no dia das eleições de segundo turno, um policial militar fora de atividade enforcou uma criança de 6 anos após ela ter gritado “Lula lá”, em apoio ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Divinópolis, na região centro-oeste de Minas Gerais (MG).

Reisla Naiara Gomes, a mãe do menino, usou suas redes sociais para denunciar o caso. De acordo com o boletim de ocorrência, familiares comunicaram que a criança teria ido até uma padaria, que fica próxima de sua casa, quando ela foi abordada pelo PM, de 55 anos. O comércio pertence à família do policial reformado, ou seja, que está aposentado ou afastado do cargo.

Segundo o jornal Estado de Minas, o homem perguntou à criança sobre política e disse que o menino teria “cara de ser Bolsonaro”. O garoto apenas respondeu “Lula lá” e acabou sendo enforcado pelo militar, que só parou quando a vítima ficou inconsciente.

Lá estavam o agressor, a mãe do agressor e o pai do agressor. Eles estavam discutindo Lula e Bolsonaro. Meu menino passou, o agressor passou a mão na cabeça dele e falou: ‘Você é Bolsonaro, você tem cara de ser Bolsonaro’. Aí meu menino falou: ‘Eu sou Lula lá’. No que ele falou, ele pegou meu filho pelo pescoço, enforcando meu filho, deixando ele sem ar até ele desmaiar. Quando ele desmaiou que ele soltou meu filho. Machucou o cotovelo dele”, contou a mãe da criança.

A Polícia Militar (PM) foi acionada e realizou os atendimentos de primeiros-socorros à criança. Nesse momento, o suspeito já havia deixado o local e não foi localizado.

Em nota oficial, a PM confirmou que foi convocada na noite deste domingo. A agressão teria acontecido, aproximadamente, às 9 horas.

De imediato, os policiais militares prestaram assistência à criança e a conduziram para o atendimento médico. As equipes se deslocaram até a residência do suposto autor com o escopo de adotar as providências, porém, este não foi localizado. O registro foi encerrado e entregue à Delegacia de Polícia Civil, tendo em vista o suposto fato se tratar de crime comum.”, informou a polícia.

Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), um inquérito policial foi instaurado para apurar o caso. Ele continua com investigações pela delegacia do município.