A falta de gerência na Educação de Santa Luzia é uma triste realidade enfrentada pelo Luziense nos últimos 5 anos. O último secretário foi afastado por denuncias de corrupção (estaria desviando recursos) e em seu lugar acabou assumindo um secretário interino (sem nenhuma formação na área). A ingerência ficou escancarada na porta das escolas da cidade.

Na Escola Municipal Professora Síria Tébith no Conjunto Cristina, a confusão tornou-se generalizada em frente ao portão da unidade, seja na entrada ou saída de alunos. O Fluxo é menor na entrada, porém as crianças se acumulam em filas que muitas vezes contornam a escola. O Sinal quase sempre soa atrasado e o profissional que atua na recepção do portão é o mesmo que conduz alunos na fila, organiza a entrada e saída de pais e crianças, passa informações e muitas vezes tenta (em vão) apartar desentendimentos entre os presentes. Na sala em frente, a direção, professores e secretários tomam café tranquilamente como se o tempo fosse nada mais que mero detalhe. 

Na saída, pais e parentes dos alunos são obrigados a aguardar a abertura dos portões (cada dia em horário diferente) debaixo de um sol escaldante, já que a cobertura que fica em frente à escola, foi levada pelo desgaste do tempo. Apesar da enorme quantidade de pessoas na porta da escola, apenas uma parte do portão é aberto. Até a semana passada apenas um profissional ficava em frente ao portão "tentando" orientar a saída das crianças. A ação não era bem sucedida, afinal, o profissional não conhecia nem professores, nem pais, nem alunos e se reduzia a repetir nomes sem saber do que se tratava. 

Esta semana mais um profissional se juntou a bagunça da recepção e a situação que era ruim piorou. Segundo pais e parentes dos alunos, as profissionais são grossas com os alunos. Em alguns casos, estes pegam as crianças pelos braços de maneira truculenta sem saber que os mesmos já foram chamados pelos pais. Esta semana, irritada, uma mãe ameaçou acionar a policia militar ao flagrar sua criança sendo tratada desta forma. 

Semana passada o Vitrine conversou com a diretora da escola, Daniela e a mesma revelou que as ações de retenção de alunos na porta da escola é determinação da Secretaria de Educação. Sugerimos que fosse liberada a entrada de pais e parentes na escola para que cada criança fosse entregue a estes, evitando assim a confusão na porta da unidade. A Diretora revelou que não era possível, já que professores batiam ponto às 11:20, justamente horário em que o sinal é soado e não tinha autorização da secretária para retê-los nas salas por mais tempo. 

Já a Secretaria Municipal de Educação, em nota, revelou que entrou em contato com a "direção da escola e a mesma se prontificou a avaliar a situação e encontrar uma solução viável para resolver o problema." Resumindo: Cruzou os braços, como sempre.