Professores de Santa Luzia, na Grande BH, protestaram na última segunda-feira (06), em frente à prefeitura, contra as 1500 demissões de funcionários que estão sendo realizadas pelo município. Com isso, alunos de escolas públicas estão sem aulas na cidade. O desligamento dos servidores é feito em cumprimento a uma decisão judicial de 14 anos atrás.
O desencontro de informações e desorganização nos diversos setores da prefeitura tem causado confusão até dos setores impactados. Escolas do município avisaram que não haveriam aulas na rede municipal até pelo menos o fim de semana. O prefeito Pastor Sérgio desmentiu a informação, dizendo que vai haver aulas para aqueles alunos que não foram impactados com a exoneração dos profissionais. Segundo o prefeito a umei liberdade, é a única que ficará fechada por tempo indeterminado, já que a maioria dos profissionais que atuavam na unidade foram dispensados. Disse ainda que as escolas vão funcionar de forma parcial.
Na Área da saúde, somente a Upa São Benedito terá o desligamento de 70 funcionários.
A gestão prometeu novo concurso público para preenchimento das vagas, porém usuários das redes sociais reclamam que os aprovados dos últimos concursos ainda não foram convocados até o momento.
Keila Vieira escreveu em post que está na página da Prefeitura, que a gestão está agindo somente agora que a "bomba explodiu".
"A ladainha política é sempre a mesma! Melhor nem pronunciar! Fato é: não fez o que deveria fazer. Está fazendo agora porque a bomba explodiu. Se não fosse isso seriam mais alguns anos procrastinando e os cabides de emprego não cessam. Isso não é problema específico de uma gestão e sim de muitas que vem se arrastando e repetindo os mesmos erros. Decepcionada com o executivo e legislativo que não fiscaliza o que é necessário fiscalizar".
Outro usuário reclamou da morosidade do executivo em regularizar a situação dos professores de inclusão. "Que falta de vergonha né, prefeito?! Que serviço mal feito vocês fizeram! Agora os alunos de inclusão vão pagar pelos erros e adiamentos da prefeitura em relação a regularização dos servidores? Isso é criminoso! É inconstitucional. Vocês estão negando o direito à educação a essas crianças. Não dá nem pra adjetivar o nível baixo que esse executivo chegou. Que papelão!"
Segundo o deputado estadual e ex prefeito de Santa Luzia, Christiano Xavier, a prefeitura deverá iniciar processo seletivo para os profissionais de apoio: "a Prefeitura está trabalhando muito para um processo seletivo simplificado de análise de currículo, até que o processo seletivo com mais exigências e que já está publicado seja finalizado".
Uma das profissionais da educação, patricia, reclamou do desencontro de informações entre o prefeito e suas lideranças e a secretaria de educação, além da falta de profissionais para manter escolas abertas "Pastor, Boa noite !!! Me explica por favor como uma escola pode funcionar normalmente, sem 18 funcionários(professores), distribuídos em 2 turnos . Em uma escola PEB III já apresenta grande dificuldade, imagina uma Umei. Eu como professora da rede a completar 30 anos fica difícil de compreender. E não deixo de participar de nada e estou sempre ajudando a mesma . Acho de uma precariedade extrema e sem contar que iremos tirar o direito do aluno de inclusão !!! Não é sensato. Ahhh e a informação para o bilhete,dispensando os alunos das aulas posteriores , foi hoje depois das 9:30 após recreio. Orientação da Secretaria de Educação . Eu torço que a sua vontade de não paralisar, para arrumar todas as casas ( escolas ) não seja como meu pai dizia um tiro no pé !!!! Com todo respeito está saindo uma informação atrás da outra. Uma verdadeira mistura de ações. Torço para que o senhor seja bem assessorado, para que os danos sejam os menores . Quanto a citação do salário, depois podemos dissertar sobre isso !!! A prioridade agora são os novos efetivos chegarem".
Segundo ochefe do executivo, a gestão é responsável pela irregularidade nos contratos com os servidores, porém são eles que devem pagar por este erro. Disse ainda que os tramites do processo seletivo dos professores de apoio está "marinando" desde o ano passado e deve vencer em breve.
A situação destes profissionais se arrasta há mais de 14 anos.
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