Projeto de lei que visa contratar cabos eleitorais para as eleições municipais virou moeda de troca dentro de reunião na câmara e bate boca toma conta das votações
Daniel Carlos
A Desorganização torna trabalho o legislativo uma eterna bagunça. Vereadores não se entendem, relatórios continuam não sendo enviados, mesmo a casa gastando rios de dinheiro com assessorias e a falta de informação tem barrado projetos de importância para a cidade e liberado aqueles de relevância duvidosa, justamente mirando aliados políticos.
Na reunião desta quinta feira, um bate boca entre Glayson Johny (presidente da seção), Vaguinho (presidente da casa) e os demais vereadores, mostraram mais uma vez a falta de sintonia dentro da casa legislativa e como tem sido gasto os rios de dinheiro pagos pelo executivo na barganha de projetos na atual gestão.
Após a demissão inexplicável de cerca de 300 servidores e o envio para a câmara de um projeto de lei para a criação de outros 590 novos casos comissionados (suspeita-se que mirando cabos eleitorais nas eleições municipais), o Vereador Wander (eterno puxa-saco da gestão) levantou a voz chamando Glayson de autoritário. O caso ocorreu após Johnny revelar que foi obrigado a dar um parecer sobre o projeto baseado no relatório do vereador da base Paulo "cabeção" (tradicional replicador de obras do executivo). Wander queria que Glayson assumisse a responsabilidade pela tramitação do projeto (que gerará novos cargos comissionados após denúncia da justiça contra o uso politico destes cargos).
Segundo o advogado do Ex prefeito, os vereadores devem decidir se o presidente da seção (que tem prerrogativa sobre os próprios pareceres) pode ou não ter controle sobre os projetos que que vão entrar ou sair de pauta. Segundo o parlamentar, o vereador que tem o poder de decisão, não pode decidir, caso os demais vereadores não assim o desejarem.
Ao que parece, para o vereador ligado à Prefeitura, se o projeto beneficia a prefeitura e sua base aliada, deve ser aprovado sem ressalvas e sem análise, passando por cima do rito legislativo. Wander, que é cabo eleitoral da atual gestão, acusou Glayson de ser influenciado por quem "quer sentar naquela cadeira de prefeito".
A maioria dos vereadores ignorou a orientação da justiça e segundo disse Cristiano Mattos (vereador que ameaçou de agressão uma mulher durante a campanha de 2018) este projeto será aprovado "nem que seja na marra".
Vereadores abrem guerra contra servidores efetivos em favor de cabide de emprego proposto pela prefeitura
A Palavra de alguns dos vereadores de que tem servidores efetivos que não conhecem a cidade, "que não sabem andar por santa luzia", "que vem aqui para sugar, para tirar emprego dos luzienses", tem sido usado como argumento para a criação dos novos cabides de emprego propostos pelo Executivo.
Nos bastidores, pessoas consultadas pelo vitrine, revelam que o objetivo é cooptar cabos eleitorais indicados pelo executivo e pelo legislativo e banca-los com dinheiro público e com reajuste que será aprovado na casa, mirando as eleições municipais no próximo ano.
A votação de projeto de lei para comissionados foi questionado por servidores efetivos, uma vez que estes entraram na gestão pela porta da frente, através de concurso público e análise de curriculum.
O Vereador Junin (filho do vereador Lau, envolvido na Máfia do Lixo) afirmou que a atual gestão é "a mais enxuta dos últimos 12 anos" e que ele fez parte.
Faltou ao parlamentar explicar o repentino aumento de servidores após o desastrado censo feito pela Gestão Xavier em 2018. Revelou que o ex prefeito tinha o costume de cortar salários, porém não explicou o aumento astronômico de vencimentos para os chamados amigos e cabos eleitorais do chefe do executivo durante sua gestão.
Glayson revelou que as negociações na casa devem ocorrer através do diálogo e não no grito.
Tacs assinadas com ministério público são de 2017 e 2018 e o prefeito christiano xavier sabia das irregularidades nas contratações porém fez vista grossa para não perder votos nas eleições municipais. Depois voltou a ignorar o fato para se eleger deputado estadual. Após a determinação da justiça obrigando a gestão a exonerar 1.800 servidores, a grande maioria comissionado, eis que o gestor, Pastor Sério, demite outros 300 funcionários e envia a Câmara projeto e Lei pedindo a contratação (em regime especial) de outros 590 comissionados. Dizem por ai que a intensão do gestor é preencher as vagas com cabos eleitorais, mirando as eleições municipais que se avisinham. Como se não bastasse o arcabouço jurídico, o prefeito, que é muito mal assessorado, emite decreto de emergência para driblar a justiça e peitar juízes que cobram de sua gestão as inúmeras irregularidades. Promove um processo seletivo simplificado com prazo definido, ignorando os processos que estavam abertos e que devem expirar prazos em breve (afinal, era preciso ignorar os processos anteriores para infestar a prefeitura de cabos eleitorais que trabalharam nas eleições de 2016 e 2018).
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