Neste fim de semana, circulou uma imagem falando sobre possíveis atentados que poderiam acontecer nos dias 10 e 20 de abril
Um vídeo curto de 8 segundos com uma imagem de uma jovem oriental que ri com as amigas ao fundo. Apesar de ser um vídeo rápido, a mensagem escrita sobre a imagem "inocente" tem uma influência tremenda na vida e na mentalidade de milhares de adolescentes de diversas cidades do Brasil e, principalmente, de Minas Gerais. A "Lista do Massacre", texto que foi escrito com números no lugar de algumas letras para escapar da "censura" das redes sociais, trás cinco "possíveis estados" e 35 cidades mineiras que poderiam ser alvo de atentados em escolas.
Neste domingo de Páscoa (9 de abril), a publicação atingiu, em um intervalo de apenas 10h, 61 mil curtidas e 18 mil comentários de adolescentes temerosos no TikTok. O texto completava com a informação de que o possível "Ma." - mais uma forma de falar sobre o massacre sem cair na regulação da rede social -, "tem possibilidade de acontecer no dia 10 ou 20" de abril.
"Meu estado e cidade tão aí. E sou obrigada a ir amanhã", reclamou uma adolescente na publicação. "Gente, em Contagem será em quais escolas?", perguntou, aterrorizada, uma outra garota na rede social.
"Não é de hoje que vejo esse tipo de alerta, minha amiga semana passada mandou um vídeo bem parecido com este e pensamos que seria fake news, algo momentâneo. O sentimento que fica é de receio de ir pra escola, pois mesmo não tendo certeza do que pode acontecer, com o mundo hoje em dia não dá pra duvidar de nada. Pensamos em entrar em contato com a coordenação, mas queríamos ter um pouco mais de certeza antes de fazer isso", disse a jovem.
Ainda segundo ela, o vídeo está circulando entre adolescentes de todas as idades e de todas as escolas de BH e região metropolitana. "Se essa lista for fake, eu não acho que quem divulgou fez na intenção de gerar medo, mas sim de alertar. Mas pra quem fez na maldade, eu só bloquearia na rede", completou a adolescente.
Brasil teve mais de 10 ataques a creches e escolas desde 2011
Em 7 de abril de 2011, um massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, chocou o país. Na manhã daquele dia, o atirador, um ex-aluno do colégio, e que não tinha antecedentes criminais, matou 12 crianças, feriu mais de dez estudantes.
Desde então, o Brasil teve ao menos outros 12 ataques em creches e escolas. O mais recente aconteceu nesta quarta-feira (5), quando um homem invadiu uma escola em Blumenau (SC) com uma machadinha e matou quatro crianças. Na semana passada, um aluno esfaqueou e matou uma professora em uma escola da capital paulista
Suposta lista ainda inclui outros estados
A lista ainda engloba cidades dos estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia.
Segurança em Algumas escolas de Santa Luzia
Hoje pela manhã, a Escola Estadual Raul Teixeira da Costa Sobrinho, que fica no Bairro Conjunto Cristina, recebeu auxilio da Polícia Militar. Os policiais estavam com veículo em frente ao portão de entrada da unidade de ensino.
Percorremos algumas escolas municipais e não encontramos nem a polícia militar, nem a Guarda Municipal (que deveria dar este tipo de suporte ao Luziense).
Não vamos divulgar a lista para não dar publicidade a este tipo de ação que ocorre todos os anos em vários pontos do brasil. O Governo federal está fazendo um rastreamento das contas dos responsáveis por espalhar estes alertas e em breve devem ocorrer prisões e responsabilização dos mesmos.
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