Não é de hoje que mostramos aqui no Vitrine o abandono da cultura luziense pela Gestão/Sérgio e de como o Prefeito PASTOR EVANGÉLICO tem ignorado eventos de povos de matriz africana na cidade. 

Pai Luiz, representante dos povos de matriz africana de santa luzia, fez uso da tribuna na última terça-feira e expôs o racismo estrutural dentro da prefeitura de Santa Luzia. Segundo Luiz, os povos fora da Rua Direita, "Não tem apoio algum da prefeitura. Povo preto de Santa Luzia está sendo deixado para trás. Existe uma lei que obriga a falar da história da africa nas escolas. Isto não acontece na cidade" desabafa. "A gente vê as crianças das escolas municipais indo dentro de uma igreja, mas a gente não vê as crianças indo dentro de um quilombo, de um terreiro, que é patrimônio imaterial de Santa Luzia", diz o presidente da Etal (Encontros de terreiros Afro Luzienses). 

Luiz reclama da dificuldade da classe em marcar uma reunião na prefeitura: "É muito dificil, quando a gente quer marcar uma reunião com o poder público. A gente está há meses tentando marcar uma reunião com o poder público e a gente não consegue. Ou será porque a gente é de matriz africana, ou porque a gente é povo preto ou será que o racismo estrutural está muito grande na cidade, a intolerância religiosa". 

Talvez seja porque a Etal não seja um canal de notícias que usa suas páginas para vender publicidade da prefeitura, que esconda a verdade para elogiar. Ou não tenha em sua direção puxa-sacos do prefeito ou que tenham feito campanha para ele e pro deputado ex prefeito nas últimas eleições. 

Invisibilidade dentro da gestão Municipal 

Pai Luiz ainda destaca personalidades importantes do quilombo e da invisibilidade da classe dentro da própria cidade. "Temos o mestre zuim. Ele está indo viajar para a bahia para dar curso lá, poque aqui em Santa Luzia ninguém valoriza ele. Os nossos produtores culturais saem daqui para outras cidades para ser valorizado, enquanto aqui a gente não é valorizado. Outras prefeituras valorizam e Santa Luzia mesmo não valoriza".

Pós graduado em cultura e história da áfrica, Luiz diz que na gestão xavier/Sérgio não existe espaço para a cultura de matriz africana: "Dentro desta nova gestão não existe espaço para capoeira, não existe espaço para quilombola, não existe espaço para matriz africana" e completa: "Para quem conhece a capoeira sabe que ela tira muita gente das ruas. Não só a capoeira, mas todos nós temos vários projetos sociais. A gente as vezes fica sem dormir, fazendo marmita para entregar aos nossos irmãos menosprezados que estão ai em situação de vulnerabilidade social. E isto tudo é custeado entre a gente. E a gente só quer um pouco de apoio, um pouco de reconhecimento!"

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Elevador Quebrado

Luiz ainda falou da dificuldade de acessibilidade dentro da câmara municipal: "A nossa capitã Eva que atua há mais de 20 anos na cidade. Hoje foi uma dificuldade danada, porque ela é cadeirante, o elevador daqui tá estragado, mas ela está aqui representando".  

O vereador Ivo Melo chegou a comentar que o elevador da câmara municipal não é usado há mais de dois anos e que a manutenção (que é bem cara) é paga todos os meses e com dinheiro público. 

Pai Luiz disse ainda que Eva é patrimônio da cultura luziense e que seu aniversário é um evento de relevância estadual e que mesmo assim não tem espaço no orçamento municipal: "A festa dela é em setembro, vem mais de 15 guardas de todo o estado de minas gerais para a festa dela. Pergunta se as vezes ela tem uma ajuda da secretaria de cultura. Pedimos um, outro, outro.. Ninguém ajuda porque nós não entramos no orçamento"

Glayson Johnny Relembra Homenagem negada a Dona Totinha

Vereador Glayson Johnny aproveitou a fala do pai luiz e relembrou a homenagem negada a dona Totinha. Segundo o parlamentar, nos anos 70, Dona Totinha não tinha voz na cidade, mas hoje temos a Dona Eva para simbolizar a cultura negra tão forte em santa luzia. 

Ainda segundo Glayson, há projeto em tramitação na casa legislativa que pede que dia 20 de novembro Dia da consciência negra seja considerado feriado ou ponto facultativo em Santa Luzia. 

"Que daqui 70 anos quando alguém for homenagear a Dona Eva que o poder público reconheça esta homenagem".