Segundo o vereador, o prefeito da cidade teria dado este dinheiro pedindo que ele renunciasse ao seu cargo no legislativo

Uma cidade no interior do Maranhão viveu um tumulto em frente à Câmara Municipal após um vereador começar a jogar dinheiro pela janela do prédio do legislativo. O caso aconteceu na manhã desta sexta-feira (4), em Cândido Mendes.

Antes de jogar o dinheiro pela janela, o vereador Sababá Filho (PCdoB), fez um longo discurso da Câmara de Vereadores. Ele deveria pedir sua renúncia, entretanto, rasgou a carta e afirmou que havia recebido R$300 mil do prefeito Facinho (PL) para desistir do mandato.

Foi então que o político mostrou uma mochila cheia de dinheiro e começou a jogar as notas na rua, pela janela. Logo a população de amontoou na calçada e começou a disputar o dinheiro.

Disputa política

Desde o dia 26 de junho, quando quatro vereadores da base do prefeito foram cassados por quebra do decoro parlamentar, a cidade de Cândido Mendes vive uma crise política. Segundo o prefeito, a cassação teria ocorrido após uma sessão secreta aberta pelo presidente da Câmara, Josenilton Santos, que faz parte do grupo da oposição.

Contudo, os vereadores cassados conseguiram um Mandado de Segurança na Justiça que anulou a cassação e os reconduziu aos cargos. Eles afirmam que a manobra foi feita para que a oposição tivesse maioria no legislativo e conseguisse cassar o próprio prefeito.

Por nota, o prefeito Facinho nega que tenha pagado o vereador de oposição, Sababá Filho, para que ele renunciasse ao caso. O chefe do executivo ainda afirmou que vai processar o vereador por calúnia e difamação.

"O Prefeito JOSE BONIFACIO ROCHA DE JESUS vem a público, acerca dos fatos envolvendo o vereador SABABA FILHO, esclarecer: primeiro, não manteve nenhum tipo de contato ou teve qualquer tratativa com esse vereador, seu notório inimigo político e conhecido por armações e criar espetáculos, para se promover; segundo, o que o prefeito soube foi que o referido vereador preparou carta de renúncia, tendo comparecido pessoalmente a um Cartório, em São Luís-MA, reconheceu sua assinatura no referido documento e o protocolou na Câmara Municipal, na tarde de ontem (03/08/2023); e por fim, o que se sabe é o que referido vereador estava desesperado, por ter tentado me cassar e não ter conseguido, por não ter fundamentos legais, tampouco quórum necessário para cassação, não tendo para este prefeito nenhuma utilidade em sua renúncia ou não, sendo insignificante a sua saída da Câmara. Tudo não passou de uma simulação para criar tumulto e aparecer".