Nomes da terceira via aparecem bem distantes na corrida ao Palácio do Planalto; veja os dados da pesquisa DataTempo/CP

O histórico das eleições no período democrático demonstra: ninguém leva a Presidência da República sem ganhar em Minas Gerais. Por isso, as pesquisas no Estado são sempre levadas em consideração pelos candidatos que disputam o Palácio do Planalto. Na polarizada corrida eleitoral de 2022, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido) também estão à frente.

Os números da pesquisa DataTempo/CP2, divulgada pelo Jornal O Tempo, indicam vantagem do petista quando a lista de candidatos é apresentada. Mas no levantamento espontâneo, que mede a solidificação dos votos, Bolsonaro se aproxima e chega a um empate técnico no limite da margem de erro de 2,72 pontos percentuais para mais ou para menos.

No levantamento estimulado, o ex-presidente da República de 2003 a 2010 alcança 38,7% do eleitorado. Enquanto isso, o atual chefe do Executivo tem 25,1%. Outros oito candidatos vêm em seguida em empate técnico no terceiro lugar. Numericamente, o primeiro entre eles é o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (sem partido), que registra 5,6% das intenções de voto. Em seguida aparece o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), que tem 4,6%.

Recém-filiado ao PSL para disputar o Palácio do Planalto, o jornalista José Luiz Datena já aparece com 3,8% das intenções de voto em Minas Gerais. Assim, ele está numericamente à frente do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que registra 2,5%.

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Empatados com 2,2% da preferência atual do eleitor estão a ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva (Rede), que já disputou a Presidência por três vezes, e o deputado federal André Janones (Avante), um possível estreante em corridas presidenciais.

Juntos, outros candidatos somam 5,6% das intenções de voto. Além disso, 5% dos mineiros pretendem votar em branco ou anular o voto em 2022. Os que não souberam ou não responderam são 4,8%.

Espontânea

Sem a apresentação da lista de candidatos aos eleitores, a distância de Lula para Bolsonaro diminui sensivelmente. Considerando a margem de erro do levantamento, os 28,4% do petista e os 23,3% do atual presidente indicam um empate técnico.

Esse voto espontâneo é utilizado pelos candidatos e analistas para medir a firmeza das escolhas dos eleitores, que lembram de seus candidatos sem qualquer ajuda.

Os outros concorrentes na disputa aparecem ainda mais longe neste tipo de levantamento. Só dois alcançam 1% das intenções de voto: Ciro Gomes (PDT), lembrado por 1,5% dos mineiros, e o governador Romeu Zema, citado por 1% do eleitorado. O político do Novo já disse que recebeu convites para a concorrer à Presidência, mas que recusou por pretender disputar um segundo mandato no Executivo estadual.

No levantamento espontâneo, 3,1% dos eleitores mineiros citaram outros candidatos. Os que pretendem votar em branco, que cogitam anular o voto ou que não querem votar em ninguém somam 11% no total. Os eleitores que não souberam ou não responderam são 31,8%.

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Dados

A pesquisa DataTempo/CP2 foi feita por meio de 1.300 entrevistas domiciliares em todo o Estado, entre os dias 17 e 20 de julho. O grau de confiança é 95% e a margem de erro é de 2,72 pontos percentuais para mais ou para menos.