A Federação Britânica de Ciclismo já havia liberado a participação de Emily assim que ela comprovou ter reduzido os níveis de testosterona para os números exigidos.
A ciclista transgênero Emily Bridges, de 21 anos, foi proibida pela União Ciclística Internacional (UCI) de participar do Campeonato Nacional do Reino Unido, que acontece neste fim de semana.
A Federação Britânica de Ciclismo já havia liberado a participação de Emily assim que ela comprovou ter reduzido os níveis de testosterona para os números exigidos. A jovem começou a terapia hormonal no ano passado e esta seria sua primeira competição entre as mulheres.
Mesmo com a aprovação da federação, a UCI vetou a participação de Bridges por entender que ela não estava em conformidade com o regulamento, uma vez que ainda é registrada como ciclista masculino e, portanto, não pode competir entre mulheres.
Em comunicado, a federação britânica afirmou que a jovem deveria participar do campeonato. “Sob a política de participação transgênero e não binária da British Cycling, Emily Bridges deveria participar do Campeonato Nacional Omnium da Grã-Bretanha”, informou.
“Fomos informados pela UCI que, de acordo com suas diretrizes atuais, Emily não é elegível para participar deste evento. Reconhecemos a decisão da UCI em relação à participação de Emily, mas reconhecemos plenamente sua decepção”, acrescentou a federação.
O órgão ainda ressaltou que continuará atuando junto à UCI no caso da ciclista e de maneira mais ampla em relação a atletas trans.
“A inclusão de transgêneros e não-binários é maior do que uma corrida e um atleta – é um desafio para todos os esportes de elite. Acreditamos que todos os participantes do nosso esporte merecem mais clareza e compreensão sobre a participação em competições de elite e continuaremos a trabalhar com a UCI no caso de Emily e na situação mais ampla em relação a esse problema”, disse.
Também entendemos que no esporte de elite o conceito de justiça é essencial. Por esta razão, a British Cycling está hoje pedindo uma coalizão para compartilhar, aprender e entender mais sobre como podemos alcançar a justiça de uma maneira que mantenha a dignidade e o respeito de todos os atletas”, completou.
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