Já são mais de 1.068 casos confirmados da doença somente neste mês de junho com três mortes (isto notificadas pela prefeitura). Segundo Boletim divulgado ontem (27), a secretaria municipal de saúde acompanha 359 casos confirmados de infectados pela doença. São mais de trezentos pacientes que podem estar circulando pela cidade (sem máscaras) contaminando outras pessoas. 

Os leitos de UTI do São João de Deus praticamente não ficam ocupados, haja vista que a maioria dos pacientes é enviada aos hospitais de referência em Belo Horizonte. Desta forma, dá-se a impressão de controle da doença, o que na verdade não ocorre na cidade. 

Segundo dados divulgados pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) enviados pela Prefeitura de Santa Luzia, através do Datasus, a cidade registrou 582 mortes desde o início da pandemia. Foram registrados 14.966 aplicações da primeira dose e apenas 8.941 da segunda dose da vacina pediátrica (para crianças), o que representa 78,1% (1ª) e 46,6% (2ª), o que é muito pouco para uma cidade que dispensa o uso de máscaras. No total foram aplicadas 448.826 doses do imunizante na cidade. Até o momento, apenas 46,6% da população tomou a dose de reforço para maiores de 18 anos e 46,2% para maiores de 60 anos, índice abaixo da média do estado, que é de 62%.

Casos de Covid-19 entre profissionais da saúde

Recebemos diversas denúncias de leitores informando de casos confirmados da doença dentro das escolas municipais. Após a liberação do uso de máscaras (não é mais obrigatório) e com o indice de aplicação da segunda dose do imunizante abaixo de 47%, o alto registro de novos casos diários tem sido uma realidade recorrente. 

Há informações de professores afastados em decorrência da doença e que atuavam sem máscaras dentro das salas de aula. Como 90% das crianças também não usam o acessório (o mesmo havia sido dispensado pelo Prefeito Sérgio através de decreto), podem ter se infectado e com a baixa imunização de segunda dose (onde há segurança imunológica), a doença pode ter sido transmitida pela familiares e desta forma aumentando o número de atendimentos nos Pronto atendimentos da cidade (que também não obrigam usuários ao uso de máscaras).


A Reportagem entrou em contato com a Secretaria de Educação da cidade, assim como a Secretaria Municipal de Saúde e até o fechamento desta edição não obtivemos um retorno.