Depois de ter denunciado “inércia” da escola e “cansaço” nas tentativas de solucionar o problema, mãe resolveu “fazer justiça com as próprias mãos” .
Uma mãe invadiu uma sala de aula na Argentina e agrediu um aluno que teria feito bullying com seu filho, na última quarta-feira.
Depois de ter denunciado “inércia” da escola e “cansaço” nas tentativas de solucionar o problema do seu filho, ela resolveu “fazer justiça com as próprias mãos” e agrediu o suposto agressor do menino na Escola Secundária Rio Negro nº 1.
Um outro aluno gravou o ocorrido e o divulgou nas redes sociais. Estudantes da instituição, no entanto, relataram que o bullying denunciado pela agressora não existiu.
Segundo Lukas Frank, diretor da Escola, o caso se trata de algo que não corresponde em nada com os regulamentos da instituição, “que são muito claros”.
“Existem deveres e direitos dos pais, alunos e professores”, complementa. Em nenhum momento ele se referiu ao conflito como um caso de “bullying”.
Pablo Nuñez, ministro da educação da província de Rio Negro, onde fica localizada a escola, também se pronunciou sobre o caso. “Situações de violência, intolerância e maus tratos não se resolvem com mais maus tratos e intolerância”, disse o ministro.
Alunos da instituição organizaram um protesto na frente da escola, nesta quinta-feira, onde exigiam a expulsão do filho da agressora. Segundo os alunos, ele sim é o verdadeiro agente do bullying. Eles relatam inúmeros casos de violência envolvendo o menino, considerado “violento”.
A um portal de notícias local, a mãe do menino agredido pela mulher que entrou na escola também denunciou inércia e ineficácia da instituição na resolução dos conflitos, mas com uma outra perspectiva da história, que se alinha com a visão dos alunos que participaram do protesto.
"O menino é boxeador e fez uma espécie de “cruzada” com meu filho no recreio. Ele o ameaçou e o perseguiu três dias seguidos fora da instituição de ensino. Um dia meu filho se cansou e eles brigaram. No dia seguinte, fui à escola para tentar resolver o problema e a diretora nunca deu uma resposta”, disse.
A manifestação contou com a presença de autoridades do Ministério da Educação de Río Negro, funcionários das Equipes Técnicas de Apoio Pedagógico (ETAP) e integrantes do Conselho Escolar de Roca.
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