Roseli Ferreira Pimentel é acusada de ter encomendado a morte de dono de jornal sensacionalista em 2016 e pago a execução com dinheiro público

A ex-prefeita de Santa Luzia, Roseli Ferreira Pimentel, negou, durante julgamento, ter qualquer tipo de envolvimento com a morte do jornalista e dono do jornal O Grito, Maurício Campos Rosa, assassinado com sete tiros em agosto 2016. Durante depoimento que aconteceu na tarde desta segunda-feira (8), a ex-prefeita se emocionou e disse que “nunca teve problema com a Justiça”.

Roseli é acusada de ter encomendado e financiado a morte do repórter. A acusação afirma que ela teria usado R$20 mil dos cofres públicos para pagar os suspeitos do crime. 

Roseli afirmou na Justiça que não conhecia a vítima, que o viu pessoalmente apenas três vezes. Ela também ressaltou que a prefeitura, durante sua gestão, não tinha contrato com a empresa do jornalista, que teria tido um acordo com o prefeito anterior, Carlos Calixto, que já tinha falecido. 

A ex-prefeita afirmou, ainda, que nunca foi ameaçada pela vítima e que ficou sabendo da morte dele no dia do crime, após ter ouvido sobre o ocorrido em uma rádio. Quanto ao pagamento de R$20 mil desviados dos cofres públicos, a política afirmou que só ficou sabendo sobre a acusação quando teve acesso ao processo criminal.

Diante da juíza, Roseli ainda se emocionou e afirmou que nunca tinha tido problemas com a Justiça, sendo essa a primeira vez que entrou em uma delegacia para prestar depoimento.

Confiamos na absolvição da Roseli e as provas estão escancarados que ela não tem nada a ver com isso. A Roseli é uma pessoa educadora, religiosa, ela jamais ia participar do evento dessa natureza. Tem seis anos que ela reclusa e hoje que é o julgamento”, afirma o advogado da ex-prefeita, Francisco Eustáquio.

Processo Fajuto de impeachment culminou em renúncia

Em dezembro de 2016, Roseli foi denunciada por abraão Graaco (também reponsável por acusações e pedido de processo de impeachment do ex prefeito Christiano Xavier). As provas apresentadas foram refutadas, mesmo assim, após imensa pressão da oposição, os vereadores deram prosseguimento a ação, baseados no oba oba das redes sociais e pressão política. 

Antes que o processo de impedimento tivesse efeito, a ex Prefeita renunciou.