Hospital são joão de deus santa luzia mg

O Diretor do Hospital São João de Deus, Dr celso Frederico, declarou em live na manhã desta Segunda-feira 06, que todos os dez leitos recém inaugurados da unidade já estão ocupados. Todos os pacientes estão entubados. 

A situação é muito preocupante visto que a cidade ultrapassou a marca de 400 infectados, com 21 mortes, duas no último fim de semana. O vitrine relatou neste domingo que, de acordo com os números divulgados pelo SES, Santa Luzia é a quarta cidade da Região Metropolitana da Capital com maior número de vitimas da covid, ultrapassando Ribeirão das Neves e Nova Lima (cidades com quase o dobro de infectados que Santa Luzia). 

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População Luziense não é testada para Covid-19

Pipocam nas redes sociais da cidade, denúncias de suposta negligência no atendimento à pacientes da Covid-19 em Santa Luzia. No relato acima, Bruno Augusto, descreve a experiência de estar contaminado, não ter acesso aos testes e ser orientado a isolamento social.

Um dos mecanismos mais efetivos para se traçar estratégias de combate à Covid-19 é a testagem da população. Santa Luzia é uma das cidades da RMBH que menos testa seus pacientes. Segundo a Secretaria de saúde, a cidade conta com apenas 80 testes para uma população de pouco mais de 205 mil pessoas. É um teste para cada 2.600 pessoas ou um teste para cada 500 casos suspeitos. 

Até o momento foram realizados apenas 1.380 testes rápidos na população, restando apenas 80 para enfrentar o pico da pandemia que se aproxima. Segundo a própria secretária de saúde do município, não foram feitos esforços para a aquisição de novos testes através de receita própria, o que contribui para a demora na entrega de resultados feitos pelo Estado através da Fundação Ezequiel dias. Alguns chegam  a demorar mais de duas semanas. 

Para piorar a situação da população Luziense, o protocolo adotado pela Secretaria Municipal de saúde, prioriza os testes para profissionais da saúde e da segurança que atuem no município e não os pacientes possivelmente contaminados. 

O Dinheiro entra as ações não acontecem

A cidade de Santa Luzia já recebeu aportes na ordem de R$ 24 milhões do Governo para auxilio em ações para enfrentamento dos impactos da Covid-19. Com a Homologação de 10 leitos de UTI do Hospital São João de Deus, a cidade receberá novo aporte de mais R$ 1,4 milhões para manutenção destas unidades. Porém o que se vê nos pronto-atendimentos, nos relatórios do SES e nas ruas e nas redes sociais da cidade é um esforço de executivo de esconder a gravidade da pandemia na cidade. 

O foco da gestão tem sido o São João de Deus, que com apenas 10 leitos de UTI e 50 leitos de retaguarda, não tem condições de atender a demanda, visto que em poucas horas após homologação dos leitos, estes foram ocupados comprometendo a capacidade da resposta de tratamento dos pacientes mais graves. O PA (pronto atendimento) São Benedito e o Hospital Madalena Parrillo estão lotados e não contam com o mesmo esforço da Secretaria de saúde para atendimento adequado à população. Nas Duas unidades, segundo usuários e funcionários, faltam medicamentos, instrumentos e vagas para os acamados. Pacientes com outras enfermidades estão sendo orientados a procurar outras unidades de saúde para que seja priorizado o atendimento às vítimas da covid-19 na cidade.

Flexibilização em dias alternados não tem colaborado para contensão de casos

Apesar das declarações do Prefeito de Santa Luzia, que a situação da Covid-19 na cidade está sob controle, os números mostram uma explosão de casos e mortes no município. Somente na última semana, Santa Luzia registrou cerca de 150 novos casos de Covid-19  e 15 mortes. Uma morte para cada 10 novos casos registrados: São dados assustadores!

Em vez de fechar de vez o comércio e endurecer a fiscalização, a prefeitura flexibiliza o funcionamento dos serviços não essenciais de forma escalonada (dia sim, dia não) e afrouxa a fiscalização fora da Avenida Brasília. 

Praças recém inauguradas pelo Executivo estão lotadas e não contam com avisos de restrição à população. Com maiores aglomerações, a Praça da Juventude no Cristina e da Savassi no Palmital são recordistas de aglomerações. Ambas concentram no fim da tarde barraqueiros que aproveitam a falta de fiscalização para faturar durante a pandemia. Na tarde de domingo haviam centenas de familias se aglomerando na Praça da Juventude. o Registro foi divulgado em nossa página no Facebook.