O Ministério da Justiça da Itália pediu ao Brasil a extradição de Robinho e de seu amigo Ricardo Falco, condenados a nove anos de prisão por violência sexual. O Ministério Público de Milão, já havia acionado o governo italiano sobre o envio da solicitação de extradição às autoridades brasileiras. Em janeiro deste ano, a Suprema Corte da Itália confirmou a condenação do ex-atacante, mantendo as penas impostas em primeira e segunda instância.

Robinho e Falco foram sentenciados por conta do estupro contra uma jovem albanesa em 2013, quando a vítima tinha 22 anos. Ela estava na mesma boate que o jogador e cinco amigos, em Milão, mas só se juntou ao grupo após a esposa dele voltar para casa. De acordo com as informações, Robinho e seus amigos ofereceram bebidas à vítima até deixá-la inconsciente. O grupo levou a jovem para um camarim da boate e se aproveitando do seu estado, praticaram “múltiplas e consecutivas relações com ela”. Os outros envolvidos no caso não foram rastreados pela Justiça da Itália e não puderam ser processados.

Numa conversa telefônica grampeada, Robinho disse ao seu amigo Jairo Chagas, que não se preocupava com as investigações: “Não tô nem aí. A mulher estava completamente bêbada e nem lembra o que aconteceu”.

“Os caras estão na merda. Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei na garota. Vi os outros f*derem ela e eles vão ter problemas, não eu. Tinha cinco em cima dela”, afirmou o atleta. Porém, após Chagas afirmar que havia visto Robinho por “o pênis dentro da boca” da vítima, o jogador respondeu: “Isso não significa transar”. Advogados de Robinho alegam que ele é inocente e que toda relação foi consensual.

Robinho jogou pela última vez em 2020, defendendo o Istanbul Basaksehir, da Turquia. Dois meses depois ele foi anunciado pelo Santos, mas o clube teve que cancelar a contratação por conta da pressão da torcida por causa do processo por estupro.